domingo, 9 de maio de 2021

MACAÚBAS: PROCESSOS IDENTITÁRIOS ENTRE O VELHO E O NOVO?!?!





Estudar o mundo em que vivemos não é algo tão simples porque está interligado a complexas interseções entre diferentes planos de experiências e ações sociais que se materializam em cada período histórico do ser social dotado de crenças e expressões que, ao meu ver, precisam ser conservados.  

Nós especialistas em estudar o desenvolvimento das sociedades chamamos este fenômeno social de modernidade líquida, porque fogem do nosso controle, de modo que, as ideias aqui expressas vão se relacionar a preservação destes aspectos identitários que nos faz ser o que somos, que nos traz o sentimento de pertencimento a este ou a aquele lugar.  

Para refletirmos sobre isto, trago aqui a ideia  de globalização, na qual seu conceito pode não ser muito envolvente, mas pode estar no cerne da questão.

Mesmo com sua súbita popularidade, às  vezes fica difícil metaboliza-la quando tentam fazer com que comprrendamos a vida sob um vies  uniformizado, em que as identidades nacionais, territoriais se dissolvem em nome de uma  única. 










O "velho" vai dando lugar ao "novo". Para ilustrar cito aqui o vídeo: A "história das coisas" vemos o quanto o velho precisa ser descartado para entrar o novo,  estimulando, por assim dizer, o consumismo insaciável dentro de nós, que, em meio a benefícios, percausos e tribulações que afetam não apenas quem ou o que está lá fora, mas  o íntimo de nossas vidas. 

Dada sua complexidade fica difícil de explica lá em poucas palavras. Quando nos retratamos a monumentos culturais, uma coisa precisemos levar em consideração, os valores, as crenças de um povo de uma determinada época  que se materializam e que são sinônimos também de pertencimento à algum lugar. 

Talvez até seja uma ideia conservadora, obsoleta mas é preciso repensarmos o papel de nossas identidade culturais num mundo que tenta se padronizar em prol do fenômeno denominado globalização que nos impele a aderir lo sem que saíbamos. 

Penso que, quantos e quantos católicos macaubenses não tem uma foto nesta igreja que tem o altar como plano de fundo!! Assim sendo, tem muito orgulho de observa-la, principalmente quando distantes de sua terra natal e quando retornam fazem questão de tirar novas fotos no mesmo lugar?!?! Por que cidades são bem requisitadas para o turismo? Porque conseguem preservar seu patrimônio cultural?!?! Entretanto, o desapego é uma das características fundantes do mundo globalizado.        

   
Existem aspectos de sua arquitetura, objetos, relíquias de um povo que precisam ser preservadas, pois  eles trazem o sentimento  de amor a sua terra natal.

Aproveitando  a deixa, destaco aqui a importância de se fazer projetos, atraindo recursos para restauração de outros monumentos históricos de nossa cidade que carecem de apreço e consideração da sociedade civil e política, a título de exemplo, o espaço que hoje funciona a biblioteca municipal que poderia se tornar um grande centro de cultura, na qual abrigaria não só órgãos municipais, bem como projetos sociais; a restauração da Fundação Professor Ático Frota Vilas Boas da Mota; idenizar e tombar como patrimônio histórico, O Casarão Borges.                   

FUNDAÇÃO PROFESSOR ÁTICO MOTA



CASARÃO DOS BORGES

Desta forma parece ser uma concepção aparentemente simples, mas não é. Não temos como sair deste mundo globalizado, mas podemos lutar pela preservação de nossas identidades que nos definem em cada época e momento histórico e que nos singulariza,o que nos faz  ser diferentes,pertencentes a essa terra, chamada Macaúbas, que abriga todos os seus e aqueles que nela queiram se agasalhar!!        





  








M.N. técnica social macaubense 

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