Ingredientes históricos ou políticos levaram a mudanças,
mas, muitas vezes, a insistência do povo é que fez a diferença, ao consagrar o
batismo alternativo no uso cotidiano. Durante o período colonial (do descobrimento
a 1815, quando o Brasil foi elevado a reino unido português), o costume levava
a população a conhecer uma rua pelo nome de seu morador mais ilustre. Ou,
então, por algum traço distintivo do local, como uma igreja.
A despeito das tentativas da prefeitura de determinar, de tempos
em tempos, alterações nos nomes conhecidos – em geral, a fim de homenagear
alguma celebridade da época –, nem sempre a população validou esses decretos.
Em Macaúbas temos bons exemplos: a Rua denominada Rua Dr. Vital Soares é conhecida pela população como Rua Direita, a Rua Castro Alves é conhecida como rua do Cemitério, a Rua Visconde do Rio Branco é chamada pela população de Rua do Areão, a Praça Imaculada Conceição e chamada pela população de Praça da Igreja, a Praça Inácio Alves tem pessoas que não sabe onde fica pois, os Macaubenses a conhecem como Praça da Feira.....
NOME OFICIAL |
NOME POPULAR |
Rua Dr. Vital Soares |
Rua Direita |
Rua Martiniano de Almeida |
Rua Vermelha |
Rua César Zama |
Rua da Gameleira |
Rua Artur Antônio |
Rua da Oficina |
Praça Inácio Alves |
Praça da Feira |
Rua Visconde do Rio Branco |
Rua do Areião |
Rua Antônio Alfredo de Sousa Filho |
Rua Nova |
Rua Dr. Manoel Vitorino |
Rua da Garganta |
Rua Rui Barbosa |
Rua das Flores |
Rua Dr. Abílio de César Borges |
Rua das Pedras |
Rua Castro Alves - na parte de Jorge Cabeleireiro |
Beco da Galinha |
Rua Dois de Julho |
Rua do Tanque |
Rua Castro Alves |
Rua do Cemitério |
Praça Seis de Julho |
Rua do Clube |
Rua Pedra Azul |
Rua da Palha |
Rua Ermíria Ribas |
Rua do Chifre |
Trav. Castro Alves |
Beco de Nilo |
Trav. Dr. Manoel Vitorino |
Beco de Haroldo |
Rua Senhor do Bonfim |
Rua do Bom Sossego |
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Ladeira de Nizola |
Beco da Usura |
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Rua Flores da Cunha (A ladeira) |
Ladeira do Vei Henrique |
Outro modo de denominar alguém era pelo lugar de nascimento ou moradia. Alguns
portugueses podiam ganhar o apelido de Coimbra, Lisboa, Resende ou Alcântara
(cidades do país). Havia ainda os que recebiam por causa da profissão, como
Ferreira (vem de ferreiro) ou barbeiro. Um lenhador podia ser chamado de
Pinheiro e um caçador de Raposo ou Lobo. Na França, eram comuns nomes como
Fritier, que significa vendedor de peixe frito.
A característica física e a personalidade eram outras formas de nomear. O rei
Pepino, o Breve, que governou os francos dos anos 751 a 768, era baixinho; por
isso, o apelido. Ricardo I, que reinou na Inglaterra no século 12, foi chamado
de Coração de Leão, pois era considerado muito corajoso.
OFICIAL
Com o passar dos anos, a população mundial cresceu e, assim, foi necessário
acrescentar mais um nome ao registro. Antes, cada pessoa tinha apenas um, como
Maria ou João. Somente no século 15, o apelido tornou-se oficial. Tanto que em
Portugal e na Espanha, a palavra apelido significa sobrenome.
Atualmente, também serve para diferenciar pessoas, principalmente quando há
dois amigos com o primeiro nome igual. Às vezes, até os pais nos chamam de modo
diferente. Pode ser que José torne-se apenas Zé, e Renata seja Rê ou Renatinha.
Esse tipo de apelido é denominado hipocorístico; significa que quem o chamou
demonstra carinho ou intimidade.
É preciso tomar muito cuidado ao criar apelido para alguém. Quando está ligado às características físicas, por exemplo, pode ser bullying (conjunto de agressões repetitivas que humilham e magoam). Isso é bastante comum, principalmente na escola, mas não pode ser encarado como simples brincadeira.
O apelido que ofende traz consequências ruins. Quem o recebe, em geral, fica triste e sem vontade de ir para a escola, podendo até adoecer. Se receber apelido de mau gosto, peça para que não o chame daquele modo. Caso não pare, conte o que está acontecendo a um adulto de confiança. Lembre-se: é melhor ignorar as agressões e se afastar da pessoa que a faz. Se tiver colega que enfrente o problema, encoraje-o a denunciar.
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